Os Diamantes Mandarins são pássaros dóceis, fáceis de se criar e possuem uma enorme variedade de cores devido as mutações que surgiram ao longo do tempo e também por causa das combinações de mutações. Essa variedade de cores é o que atrai a atenção de diversos criadores.
Não são pássaros da fauna brasileira e por isso são considerados como exóticos e domésticos, portanto não precisam de registro no IBAMA para cria-los.
Diamante Mandarim nos principais idiomas: Em português:
Diamante Mandarim, mas no Brasil, popularmente conhecido como
"Mandarim", em espanhol:
Diamante Mandarin, em italiano:
Diamante Mandarino, em francês
Diamant Mandarin e em e inglês
Zebra Finch (
"Zebra" devido a cor zebrada que os machos possuem abaixo do bico e
"Finch" que em português significa estrildídeo - passeriformes que se alimentam de sementes)
Origem: Existem duas espécies uma originária do Timor e da Indonésia (
pássaro da esquerda) e o mais conhecido (
pássaro da direita) que é originário da Austrália e pouco maior que o do Timor.
Há relatos que o mandarim australiano (Taeniopygia guttata) foi introduzido e em Portugal e nos Estados Unidos, por isso se alguém for visitar estes países poderá vê-los voando livremente.
Não existe o mandarim do Timor no Brasil, pelo menos eu nunca o vi em lojas, feiras, exposições, campeonatos e nem conheci alguém que o criasse, porém em Portugal possuem criadores e uma categoria específica para eles no campeonato da FOP (Federação Ornitológica de Portugal).
Características gerais: Os mandarins são pássaros pequenos que medem de 11 a 12cm de cumprimento, vivem em média de 7 a 8 anos (
há relatos de pássaros que já viveram até 13 anos) e se alimentam de sementes.
Distinção sexual: No mandarim comum/ancestral (
1ª foto no início da página) tanto quanto na maioria das mutações existentes o macho possui bochechas bem marcadas, flancos bem definidos com pontinhos brancos, uma barra preta e grossa no peito e listras ou zebrado abaixo do bico que se estende até ao peito. Já as fêmeas não possuem essas marcações.
Em algumas mutações como na cores branca e nos mascarados (
Foto da direita) os machos podem apresentar poucas ou nenhuma das marcações típicas dos machos, nesse caso podemos diferenciar pela cor do bico e patas que, nos machos e bem vermelho e nas fêmeas alaranjado, porém muitas vezes também não é possível distinguir o sexo pela cor do bico devido essas mutações alterarem a cor do bico de ambos, então quando isso acontecer a única alternativa é o canto. Somente os machos cantam.
Maturidade sexual: De 3 a 4 meses eles já estão adultos, porém não é aconselhável coloca-los para acasalar nesse período, pois nesta idade eles ainda não estão maduros e não serão bons pais. Tem criador que diz que o ideal é cruzar após seis meses de vida, outros dizem que o ideal e após nove meses e alguns dizem após um ano. Eu geralmente coloco após os nove meses, porém em alguns casos quando a fêmea começa a botar sozinha e demonstra estar pronta para acasalar eu coloco pra cruzar com seis meses de vida.
Postura e choco: Dois dias após o macho galar a fêmea ela botará um ovinho. A quantidade de ovos vai depender da fêmea, quantidade de gala, alimentação e outros fatores. Geralmente são colocados de 3 a 8 ovos e o inicio do choco vai depender da vontade da fêmea, tem fêmea que inicia o choco a partir do primeiro ovo e tem outras que só começam a chocar após botar o último ovinho.
Nascimento dos filhotes e abandono do ninho: O filhote nascerá após 12 dias de iniciado o choco e demorará de 20 a 25 dias pra sair do ninho. Duas semanas após sair do ninho já estará comendo sozinho.
Quando o filhote nasce é do tamanho de uma moeda de um centavo e seu bico é bem clarinho puxado para o rosa. Conforme vão crescendo o bico escurece e torna-se preto, exceto nas mutações mais claras em que o bico fica rosado, quando estão completando 2 meses de vida o bico começa a ficar vermelho e as marcações do corpo começam a aparecer.
Onde criar: Na natureza os mandarins vivem em bandos, porém em gaiolas e em viveiros pequenos eles podem brigar, pois são muito territorialistas. Em viveiros grandes é possível cria-los em colônia ou um casal em gaiolas com 40x40x40cm, podem ser também em gaiolas de periquitos, criadeiras argentinas e criadeiras de quatro comedouros.
Ninhos: Caixa quadrada, ninho de periquito, ninho taça de canários e ninho bola.
Alimentação: Composta por sementes, farinhadas, cálcio, frutas, verduras, legumes e alguns criadores gostam de dar tenébrios.
Os criadores mais experientes costumam fazer a própria mistura de sementes por ser mais barato e para ajustar as necessidades nutricionais de seus pássaros. Para os menos experientes existem rações de exóticos e uma alternativa é comprar mistura para periquitos adicionado mais 50% de painço.
Sementes: 40% painço, 15% senha, 40% alpiste e 5% de aveia, niger e colsa. (Essa proporção é a que uso, porém cada criador tem a sua). Aumentei a quantidade de alpiste na alimentação e percebi que os filhotes aumentaram de tamanho.
Verduras: De prioridade as de cores escuras - espinafre, couve, almeirão, agrião. (nunca dê alface pois pode causar diarreia).
Legumes: cenoura, beterraba, abobrinha, pepino. (nunca dei aos meus mais outro criadores disseram ser bom).
Frutas: maçã, pera (não dê abacate e laranja - faz mal ao pássaro).
Farinhadas: Existem muitas farinhadas boas no mercado, dê preferência as que contém ovo e a maior quantidade de vitaminas, proteínas e aminoácidos.
Cálcio: Farinha de ostra, grit bloco e osso de siba.
As sementes, o cálcio e a farinhada devem ser dadas aos mandarins diariamente, já as frutas, verduras e legumes 2x por semana.
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